• 1 de fevereiro de 2025

Lauzane Paulista: bairro urbano com características de interior

Um bairro paulistano com características de cidade do interior. É assim que podemos definir o bairro de Lauzane Paulista.

Evidentemente, no local existem os problemas comuns a toda a cidade de São Paulo, como violência, carência no atendimento à saúde, educação pública deficiente, mas ainda é um bairro onde podemos encontrar pessoas que se cumprimentam nas ruas, têm relativa tranqüilidade, e acima de tudo, não trocam o lugar por nenhum outro da cidade.

Paróquia Santo Antônio do Lauzane – Foto: Reprodução/Internet

No Lauzane, percebemos um pedaço de São Paulo que cresce lentamente. É relativamente longe do centro, mas perto de tudo. Grandes avenidas permitem o fluxo de automóveis para outras regiões sem grandes pontos de estrangulamento no tráfego e o transporte público permite à população que a chegada ao metrô aconteça sem muita demora.

Santana Parque Shopping –
Foto: Divulgação

Lauzane é um bairro da Zona Norte, próximo do Mandaqui, Cachoeirinha e do Parque Alberto Lofgren (Horto Florestal), o que permite que os moradores da região tenham o privilégio de ter um ar mais puro. Algumas de suas áreas são verticalizadas, em outras há presença de comunidades, o que na cidade é bastante comum, mas a proximidade da Marginal Tietê, com o fluxo interminável de carros e caminhões em contraposição com a tranqüilidade do Horto Florestal emprestam ao bairro um certo charme.

Paróquia, Clube e a suas proximidades –
Fonte: SciELO

A origem do bairro
Lauzane não é um nome português, nem indígena, nem católico. A origem do nome é suíça. O bairro, que fazia parte do Mandaqui, nasceu de uma fazenda cortada em sítios e em seguida em chácaras. No final do século 19, um casal se estabeleceu nas terras. Ele, francês, Pedro Gabone, e ela italiana, Francisca Bocaccio.

Em 1917, o suíço Alberto Savoy, nascido na cidade de Lausanne, importante cidade da Suíça, comprou um grande sítio de 65 alqueires. Alguns anos depois vendeu a área a Francisco Amaro. As terras compradas eram denominadas

Clube Lausanne, em seus primórdios – Foto: Reprodução/Internet

Tapera ou Pedreira e ficavam do outro lado do Córrego do Mandaqui, à época, subdistrito de Santana.

Como Francisco Amaro era amigo de Alberto Savoy, o primeiro resolveu homenagear a família Savoy e denominou a área de terra adquirida com o nome de Lausanne Paulista.

Maria Bandini Savoy recebendo homenagens do Lausanne Paulista Futebol Clube – Fonte: Knabben 

A cidade foi se desenvolvendo e Lauzane também. A família Amaro vendeu parte das terras e manteve apenas um pedaço dela, justamente no local onde existia uma grande pedreira – aliás, na Zona Norte existiam várias delas em função do tipo de terreno. E a pedreira dos Amaro funcionou até 1967.

A primeira linha de ônibus chegou à região em 1969, indo até a Praça da República. Naquela época, o metrô ainda não havia sido inaugurado.

Pedreira do Lauzane Paulista/ TRIMAISFoto: Fabian Alex Bragion/Facebook

Há décadas atrás a pedreira fornecia rochas para fabricação de paralelepípedos para as ruas de São Paulo. Ela foi desativada nos anos 60, depois inundada e virou ponto turístico da região, onde muitas famílias iam passar o dia, nadando, comendo, infelizmente pelo excesso de alguns, houve até mortes de pessoas afogadas. Carros eram jogados dentro do lago formado. Enfim, o Mercado Bergamini, ainda pequeno e que funcionava próximo, comprou nos anos 80 e aterrou o local fazendo seu famoso supermercado, anos mais tarde passou a se chamar Bergamais e hoje em dia é TRIMAIS. (Contribuição de Fabian Alex Bragion – extraído do Facebook)

 

 


Princípio da propriedade da família Zumkeller constando comércio à esquerda e animais carregando garrafas de vinho na década de 1920 – Fonte SciELO

A construção do Santana Parque Shopping no bairro, está proporcionando um grande aumento de edifícios e a uma vida noturna mais ativa, permitindo que os moradores não precisem se locomover para outras regiões distantes para usufruírem de atividades de lazer.

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