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Médica paliativista fala do privilégio que é envelhecer saudável e com ânimo
Neste 1º de outubro, o Dia Mundial do Idoso nos leva a refletir sobre o presente e o futuro, assim como sobre o privilégio de uma vida longa e saudável. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo IBGE em junho de 2023, a população com 65 anos ou mais no Brasil representava 10,5% do total em 2022. O envelhecimento também é tema de atenção da Organização Mundial de Saúde (OMS ) e da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), que denominaram o período de 2021 a 2030 como a “Década do Envelhecimento Saudável nas Américas 2021-2030”.
O número de pessoas idosas aumenta exponencialmente, e estar atento e entender a realidade social do Brasil são de extrema importância, pois muitas pessoas idosas não têm acesso aos recursos básicos necessários para desfrutar de uma vida digna. “Envelhecer diz sobre planejamento, cuidado e investimento. Mas o melhor investimento para garantir autonomia e boa performance na 3ª idade está em manter bons hábitos em saúde durante toda a vida”, explica a médica intensivista e paliativista, Carol Sarmento.
A médica, que também é responsável pelo Cuida, um projeto para estimular a prática do cuidado entre as pessoas, explica que para envelhecer bem, algumas atitudes são essenciais, como praticar regularmente e a longo prazo atividade física para ganho de massa muscular e de densidade óssea, controlar comorbidades e doenças crônicas como hipertensão, diabetes e manter o estímulo neuro-cognitivo durante a vida. “Tudo isso junto pode garantir melhores desfechos em qualidade de vida, mais capacidade de autogerir e de executar atividades da vida diária, assim como menos necessidade de suporte por terceiros do entorno social e mais capacidade de se manter ativo socialmente”, conclui Carol.
Saúde e independência: seja agente de bem-estar para si, para sua família e para a comunidade
Ao buscar manter corpo e mente ativos e saudáveis durante os anos mais jovens, se garante também na 3ª idade a mesma proposta: saúde de mente e corpo com aptidão, autonomia e boa performance, com manutenção de capacidade, habilidades e vínculos sólidos. Tão mais cedo esse planejamento de investimento para a 3ª idade é feito, mais chances se têm de experimentar a velhice com qualidade e independência funcional. “Para os que estão ao redor, é preciso entender e valorizar a experiência dos anos, incluir os idosos nas rotinas, nas atividades e no lazer das famílias, assim como lutar e promover a convivência, saúde e momentos de descontração”, explica Carol Sarmento.
A médica fala ainda sobre atitudes práticas para se pensar, como familiares e como sociedade, para criar um cenário mais inclusivo para a 3ª idade:
Mercado de trabalho: contratar um idoso pode ser benéfico para a instituição e para a sociedade, já que são pessoas experientes, engajadas em desenvolver os mais jovens e trazem uma postura inclusiva e humana ao ambiente. Essa atitude quebra barreiras de preconceito e diminui a sensação de solidão e improdutividade que é frequente nessa faixa etária.
Vida moderna e digital: é essencial refletir sobre como promover inclusão digital de idosos, já que é a maior atividade social da atualidade. Estar ativo digitalmente ajuda no desenvolvimento e estímulo cognitivo. O idoso que se relaciona no digital pode achar grupos de convivência e ampliar possibilidades