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Foto: Reprodução/Internet
A cada dia cresce o número de educadores que vêem no xadrez algo mais do que simples entretenimento. Em muitas escolas, o jogo passou a ser uma ferramenta importante no desenvolvimento cognitivo da criança e do adolescente.
A Coordenadora Pedagógica Evangelina Pereira, é uma das defensoras ostensivas da adoção do jogo no currículo escolar. Segundo ela, são vários os benefícios que o xadrez proporciona, entre eles o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, perseverança, memória, capacidade de concentração, habilidade de observação, reflexão e análise, tomada de decisão, paciência e autocontrole, senso crítico e um outro bastante importante na formação da personalidade, que é o aprendizado de situações de vitória e derrota, pelas quais qualquer pessoa passa ao longo de sua vida.
A prática do jogo implica no exercício da sociabilidade, da autoconfiança e até mesmo da organização estratégica do estudo da disposição das peças no tabuleiro, o que acaba inclusive auxiliando na melhora do rendimento escolar, principalmente em termos de concentração.
O xadrez também vem sendo utilizado pela psicologia como auxiliar no tratamento de déficit de atenção, pois o competidor deve estar atento tanto às suas peças quanto às do adversário.
Aprender as regras básicas do xadrez é bastante fácil, mas ser um grande enxadrista exige estudo, uma disposição inquebrantável e alguma dose de talento. São poucas as pessoas no mundo inteiro que conseguem chegar a campeões, mas mesmo para quem não consegue chegar lá, os benefícios do xadrez podem ser grandes aliados para o sucesso na vida profissional.
Do tabuleiro para a vida
Vamos ver como o jogo pode trazer tantos benefícios. Relacionando alguns dos elementos necessários para que o jogo possa acontecer, podemos entender o quão próximo ele está dos aspectos existentes tanto no jogo quanto na vida em geral.
– Para tomada de decisão e senso de responsabilidade: Num jogo de xadrez, apenas o jogador responde pelas jogadas que faz, e sozinho deve decidir o que fazer e qual peça movimentar. Na vida, também os atos são individuais e de responsabilidade de quem os praticou, sendo que apenas o autor responde pelos seus atos.
– Habilidades de observação, reflexão e análise: O xadrez é matematicamente infinito. O jogador tem diante de si milhares de possibilidades. O senso de observação, reflexão e análise são fundamentais para que a próxima jogada seja a mais acertada.
– Raciocínio lógico matemático: Este é estimulado porque durante uma partida, o jogador passa por algumas etapas: elabora um plano, agrupa as alternativas, aprofunda a investigação, estipula uma ordem de ação, escolhe e toma a decisão.
– Paciência e autocontrole: Cada jogada deve ser pensada calmamente e racionalmente, para que seja a mais acertada, pelos dois jogadores. Esperar calmamente o adversário pensar para jogar é um exercício difícil no início, mas facilmente elaborado com o tempo e a prática.
– Aceitação tanto da vitória quanto da derrota: Aceitar a derrota nem sempre é fácil, mas o jogador consegue, com o tempo, assimilar que nem sempre se ganha e que faz parte da vida perder também.
– Desenvolvimento ético-social: Abstraindo um pouco, o jogo pode ser também um aliado no desenvolvimento ético-social. O jogador precisa seguir regras e elas devem ficar claras antes do início de uma partida. Hoje em dia, esse é um elemento importante a ser trabalhado nas escolas. Por exemplo, estabelecer que se a peça for tocada, deve ser jogada. Esse é um respeito básico ao adversário.