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Voluntárias do Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria – Fotos: Divulgação
Áreas abertas à atuação de pessoas da comunidade incluem acolhimento e inclusão, arte e cultura, bem-estar animal e qualidade de vida
Comemorado no dia 5 de dezembro, o Dia Internacional do Voluntário é a homenagem à pessoas que se dedicam ao próximo e contribui para a melhoria da qualidade de vida, da solidariedade e do interesse coletivo. É com base nessa premissa que o voluntariado atua. Há mais de 23 anos os equipamentos públicos de saúde de São Paulo contam com o apoio de pessoas interessadas em ajudar. Atualmente, a rede municipal conta com 574 voluntários atuando em vários tipos de serviços, segundo a Coordenadoria de Gestão de Pessoas (Cogep) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Para enaltecer a atuação de quem dedica seu tempo de maneira altruísta, em 1985 a Organização das Nações Unidas (ONU), estabeleceu 5 de dezembro como o Dia Internacional do Voluntariado. Na capital, o exercício do voluntariado no âmbito da saúde foi formalizado em 2001, quando foi publicado o Decreto Municipal 40.837. Desde então, a SMS incentiva e apoia o voluntariado nos territórios, por meio do Programa Voluntários da Saúde.
A atividade não remunerada deve ser realizada de forma espontânea por uma pessoa física que queira promover o bem-estar coletivo para melhorar a qualidade de vida da comunidade, seja pela doação de tempo, de recursos, de talentos ou pelo compartilhamento de conhecimento em benefício do próximo.
Coordenado pela Divisão de Desenvolvimento de Carreiras e Qualidade de Vida no Trabalho, do Departamento de Educação em Saúde da Cogep, o programa possibilita que o voluntário atue em diversas áreas, como educação, saúde, esporte, lazer, cultura, recreação, meio ambiente, assistência à pessoa, promoção e defesa social, nos eixos de acolhimento e inclusão, arte e cultura, bem-estar animal, empreendedorismo, qualidade de vida e sustentabilidade.
Atualmente estão inscritos 343 voluntários no eixo de acolhimento e inclusão; 157 em arte e cultura; 20 em bem-estar animal; 43 em qualidade de vida e 11 em sustentabilidade. O Sistema de Voluntários (Sisvol) é responsável por cadastrar e monitorar o programa, auxiliando no planejamento das ações dos voluntários da saúde, além de integrar a atividade das diversas unidades.
Iniciativas pioneiras
Ainda em 1965, de forma pioneira, o serviço ambulatorial que deu origem ao Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio, no Tatuapé, já contava com um corpo de voluntários.
Uma década depois, em 1975, Mathilde de Azevedo Setúbal, mais conhecida como Tide Setúbal, criou o Corpo Municipal de Voluntários (CMV), para capacitar os voluntários da cidade de São Paulo. Em 1993, o CMV foi alterado para o Centro de Apoio Social e Atendimento do Município (Casa) com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de ser voluntário, e em 2001 o Decreto Municipal 40.837 instituiu o serviço voluntário no âmbito da SMS.
A força da ação
O Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria, em Pirituba, estruturou seu voluntariado em 2004. À frente desta história está a assistente social Marli Felix de Souza, supervisora do Voluntariado e Assistência Religiosa, com mais de 40 anos de atuação como servidora pública.
“Ficamos atentos às necessidades dos pacientes, e elas são muitas, pois o nosso hospital é de porta aberta, ou seja, recebe a demanda espontânea da comunidade em seu serviço de emergência, atendendo também pessoas em situação de rua e residentes em outras localidades, que muitas vezes não têm troca de roupa. Nosso comprometimento é oferecer o que for necessário para que essas pessoas tenham mais conforto e, para isso, contamos com a ação dos voluntários”, afirma Marli.
Além dessa assistência, Marli conta que oferecem alento a quem está internado com ações que vão do carrinho de chá, abastecido com doações, a intervenções lúdicas, realizadas especialmente em épocas especiais como Natal, Páscoa, Festa Junina, entre outras. “Trazemos um pouco da energia destas datas para alegrar os pacientes. Nos vestimos a caráter e oferecemos presentes”, diz a supervisora.
O hospital também conta mensalmente com apresentações musicais do coral “Resgate da Vida”, além de missas realizadas com o apoio de grupos de orações.
Dedicação voluntária
Para esse universo de muita dedicação, Marli tem como braço direito a voluntária Lúcia Elena Fernandez de Freitas, (70), que há 20 anos ininterruptos dedica um tempo expressivo para fazer o bem. Hoje ela é coordenadora dos voluntários, que já foram 20 antes da Covid e, atualmente, são cinco, sendo quatro mulheres e um homem.
Moradora da região, Lúcia começou a trabalhar como voluntária acompanhada pelo marido. “O hospital também é lugar de acolhimento, aqui aprendemos todos os dias”, afirma. A voluntária conta que em suas lembranças ainda é forte a história de uma menina que não queria ir embora do hospital, pois ali tinha conforto como uma cama e uma diversidade de brinquedos, além do carinho da equipe. “Fizemos a internação parecer algo leve, oferecendo à paciente e sua mãe condições dignas; quando ela teve alta, falamos para escolher os brinquedos que desejava levar, ela nunca tinha tido uma boneca”, relata, acrescentando que o acolhimento acabou por se estender a toda a família.
Como ser um voluntário
Para se cadastrar no programa Voluntários da Saúde, o candidato deve escolher a área de atuação e a unidade da rede municipal de saúde em que deseja ser voluntariado. Existem alguns requisitos para ser um voluntário, como ser maior de 18 anos, ter conhecimento, habilidade e comprometimento. Acesse o formulário de inscrição e o contato dos responsáveis em cada coordenadoria na página da Cogep – https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/cogep/index.php?p=321695