Bets: Neurocientista explica como elas agem no cérebro para te viciar

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O processo de formação do vício segue a mesma lógica sendo de um jogo online ou de substâncias químicas, explica o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

 

As bets são sites de apostas esportivas, onde as pessoas podem dar palpites e tentar ganhar dinheiro com resultados de jogos. Esse modelo de apostas online se tornou muito popular nos últimos anos no Brasil, de acordo com um levantamento nacional realizado pelo Instituto DataSenado, 42% dos brasileiros que gastaram alguma quantia em apostas esportivas ao longo de um mês estavam endividados. Ainda segundo uma estimativa do banco Santander, os brasileiros perderam entre R$ 24,7 bilhões e R$35,9 bilhões em 2024 apostando em bets.

Como as apostas online viciam o cérebro?
De acordo com o Pós PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu, o vício tem forte ligação com a sensação de recompensa gerada pelo jogo.

“O vício em apostas online acontece da mesma forma que os outros tipos de vícios porque o cérebro começa a associar alguma atividade, nesse caso as apostas, a momentos de prazer. Cada vez que uma pessoa ganha, mesmo que pouco, o cérebro libera dopamina, que dá uma sensação de euforia e isso faz com que ela queira apostar de novo e de novo”.

“Com o tempo, quanto mais esse ciclo se repete, o cérebro vai ficando ‘viciado’ nessa sensação, e se torna mais difícil parar, mesmo quando há prejuízos de saúde ou financeiros causados pelo vício”, explica.

5 dicas para controlar o vício em apostas online:
– Reconheça o problema: Admitir que as apostas estão fora de controle é o primeiro passo para buscar uma solução;

– Estabeleça limites: Defina um orçamento máximo e horários restritos para evitar exageros, comece reduzindo aos poucos;

– Encontre novas atividades: Substitua o tempo gasto com apostas por hobbies ou práticas que tragam prazer e relaxamento;

– Evite gatilhos: Afaste-se de ambientes, situações ou pessoas que incentivem as apostas;

– Busque ajuda de um especialista: Um psicólogo ou terapeuta pode orientar no processo de recuperação.