• 5 de novembro de 2024

Confira 5 dicas para se educar a ter um olhar mais sustentável

Foto: Reprodução/Internet

Sustentabilidade significa sustentar, apoiar, conservar e cuidar, ou seja, um conceito que aborda a maneira como devemos agir para garantir um planeta melhor

 

Segundo um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2023, o comportamento do consumidor em relação à sustentabilidade aumentou em um ano – de 74% para 81% -, evidenciando que cada vez mais pessoas estão atentas aos hábitos sustentáveis. Muito disso está ligado às consequências de problemas naturais, como o efeito estufa, mas exemplos mais recentes podem ser vistos nas queimadas (tanto as naturais quanto as intencionais) e a seca que afetam o Brasil – um grande pedido de socorro do planeta que não podemos ignorar.

Todas essas questões apontam para o desenvolvimento da sustentabilidade, que, direta ou indiretamente, tem levado à prática de hábitos que visam ao cuidado do planeta. “Do latim sustentare, sustentabilidade significa sustentar, apoiar, conservar e cuidar. E aí, começamos a agir com o mundo, com as outras pessoas, com os nossos bens, com a gente mesmo. Então, para mim, o conceito de uma pessoa sustentável é ela lembrar desse apoio, desse cuidado, dessa forma de agir, da atitude que ela tem perante o todo”, relata Luciana Lancerotti, ex-CMO da Microsoft e que hoje lidera sua própria empresa, Gestão e Design de Impacto.

“Isso passa pelo aspecto financeiro dela, da saúde física e mental, do local onde ela mora, independente da condição econômica e social, mas desde que seja com higiene, com carinho, com afeto. Isso, para mim, é uma atitude de uma pessoa sustentável”, complementa.

A sustentabilidade no dia a dia pode ser feita com atitudes pequenas e simples
De acordo com a empreendedora, é preciso, antes de tudo, levar em consideração o “tripé da ecologia”: individual, social e meio ambiente. No entanto, este último não está relacionado apenas ao verde e ao planeta, mas também ao lugar onde moramos, trabalhamos e como estamos no momento. Luciana também ressalta que há uma grande diferença entre “não estar nem aí” para a questão e a impossibilidade de praticar sustentabilidade em determinado contexto – quando vamos ao mercado e não levamos conosco nossa própria sacola, por exemplo.

Abaixo, ela lista cinco dicas simples, mas que ajudam a praticar um dia a dia mais sustentável.
Procure opções na hora da limpeza.“Eu adoro falar sobre a esponja. Todos nós usamos esponja para limpar a casa, para lavar louça, de diferentes formas. No mínimo uma no tanque e uma na pia de louça. É tão interessante se a gente fizer uma conta rápida de quantas esponjas a gente usa no ano, que gera um impacto na geração do lixo. Mas podemos começar a usar as esponjas/buchas vegetais (sabe aquelas que usávamos antigamente?), ou até mesmo aquelas feitas de rede de pesca e outras opções supercriativas que tenho visto”, conta.
Aprenda a ler rótulos de embalagens. “Verifique se a embalagem dos produtos é feita de materiais reciclados. Outro dia mesmo fui comprar um produto de beleza e olhei que uma das opções possuía embalagem 70% reciclada, enquanto uma segunda, apenas 30%. Como os preços eram muito próximos, optei pela primeira. Xampus, por exemplo, já podem ser encontrados em barra ou embalagens de papel reciclado”, contextualiza.
Separe tampinhas de plástico. “Acho que muita gente já escutou sobre isso. Existem ONGs que fazem essa coleta pela concentração de plástico que existe na tampa, com baixo volume, para juntar dinheiro e reverter isso em algum benefício para a sociedade. Você pode fazer no seu condomínio, na comunidade que mora, na empresa ou nas escolas! É simples!”, exemplifica.
Recicle e limpe. “Eu vou te falar de plástico, das garrafas ou das embalagens de tetrapak, mas é importante, além de tentar separar os diferentes tipos de materiais, lavar bem essas embalagens, pois é um ato de respeito e saúde. Está comprovado que mesmo o gasto de água durante a limpeza dessas embalagens é menos impactante do que a questão de proliferação de bactérias que ficam nesses materiais que vão para a reciclagem. É uma relação de respeito com as pessoas que trabalham nesse processo e que precisam suportar os maus cheiros e possíveis contaminações. Dica importante: para lavar, corte a embalagem, passe uma esponja vegetal (vide dica anterior) e evite desperdícios”, ensina.
Não colecione sacolas plásticas. “Sabe o que tenho aprendido? Falar o básico, o óbvio é muito muito importante. Nós vivemos num ‘piloto automático’. E eu não me importo de falar de coisas simples! Pelo contrário! É tão legal quando eu vejo as pessoas levando as suas próprias sacolas, reutilizando essas ecobags. Mas e na hora de comprarmos frutas e legumes? Olha que oportunidade interessante: leve o seu próprio saquinho plástico, se você já tiver, ou compre sacolas de redes de pesca ou saquinhos de TNT”, aconselha.

“Quando a gente convida alguém para ter esse olhar carinhoso com o planeta, isso está sempre sendo falado também sobre o impacto social. Quanto mais a gente cuidar do meio ambiente, maior é o respeito que temos com a sociedade e com as pessoas. Afinal de contas, quando a gente destrói a nossa casa, que é o nosso planeta, a gente está destruindo a casa onde cada um de nós mora”, conclui Luciana Lancerotti.

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