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Silvana Peça ‘‘Boi Mansinho e Santa Cruz do Deserto’’ – Foto: Sérgio Fernandes
A unidade terá oficinas, contação de histórias, exposição, espetáculos entre outras novidades
Em dezembro, o Sesc Casa Verde, localizado na avenida Casa Verde, 327, na zona norte, segue com uma intensa programação totalmente gratuita, repleta de atividades para todas as idades. Tem show, espetáculo de teatro, oficinas, atividades físico-esportivas e dinâmicas focadas no público infantil. Confira abaixo os principais destaques do mês:
Na oficina Edição de Vídeo para Dispositivos Móveis, a educadora Tatiane Colevati vai ensinar diversas técnicas da edição audiovisual, como cortes, montagens, legendas e audiodescrição utilizando aplicativos gratuitos de celular. A atividade acontece às sextas-feiras, dias 1, 8 e 15 de dezembro, às 13h.
Para a diversão e aprendizado das crianças, tem três atividades de contação de história com a Cia. Clara Rosa que acontecem aos sábados, dias 2, 9 e 16/12. Com narrativas baseadas em memórias de infância, identidade, valores e aprendizados que vem da natureza, o grupo apresenta as histórias Meus Brinquedos de Contar, Contos Africanos Para Fazer a Travessia e Contos Para Desengaiolar Vida. Todas com início às 11h. Aos domingos, dias 3, 10 e 17/12, no mesmo horário, tem a mediação de leitura Entre Festas e Bibliotecas. Misturando literatura e outras expressões artísticas, a dinâmica vai trazer livros protagonizados por escritores-compositores negros e celebrar o universo das festas brasileiras.
Para quem gosta de música, no dia 17/12, domingo, a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana apresentar seu novo álbum ‘‘Maior’’. O grupo foi fundado em 2008 sob forte influência da sonoridade latina, com toques do Caribe, da música andina e mexicana, passando por Belém do Pará, pela Bahia, e misturando tudo isso com Reggae e Ska. Ambos os shows ocorrem às 16h.
Em teatro, o Grupo Clariô encena a peça Boi Mansinho e a Santa Cruz do Deserto. Inspirado na história da Irmandade de Santa Cruz do Deserto, o espetáculo retrata o triste episódio da chacina dos sertanejos pela Polícia Militar do Ceará e pelo Exército em maio de 1937, no que ficou conhecido como o Massacre do Caldeirão. Seguidores do beato paraibano José Lourenço foram assassinados sob acusações de fanatismo e heresia após se organizarem politicamente para criar uma sociedade igualitária e autossuficiente, em terras doadas aos romeiros de Padre Cícero. As sessões acontecem nos dias 3, 9 e 16/12 (sábados e domingo), às 16h.
E, sob direção de Cleydson Catarina, o grupo de Teatro Terreiro Encantado apresenta o Auto do Negrinho, uma releitura do folclore do Negrinho do Pastoreio. A tradicional lenda afro-cristã acompanha uma criança escravizada no Sul do país em uma narrativa que mistura temas atuais com o lúdico. A peça terá uma única sessão, no dia 10/12 (domingo), às 16h.
Em dezembro, o Sesc Casa Verde oferece outras atividades para o desenvolvimento de habilidades. Aos interessados em ilustração, tem a oficina Ilustração Digital em Dispositivos Móveis com aplicativos de celular. As aulas ocorrem às quartas-feiras, dias 6, 13 e 20/12, às 16h. Quem quer aprender a técnica de impressão em risografia, pode participar da oficina Gráfica Popular Risográfica: Iconografia Brasileira para Criações Poéticas, marcada o dia 7/12, às 10h30. Os participantes serão estimulados a produzir cartazes que estampam um tema pessoal de sua escolha, mesclando processos analógicos – como desenhos, escritas e colagens – e possibilidades digitais. E a oficina Da Linha ao Bordado: Afetos que bordamos vai ensinar a fazer pequenos retratos individuais no tecido. Os participantes precisam levar uma foto de referência, de livre escolha, que será reproduzida com bordado em tecido. Serão três aulas: dias 14, 17 e 21/12, às 14h.
Exposição: Festas, Sambas e Outros Carnavais
A exposição destaca, por meio das festas brasileiras, a importância das artes e culturas populares e promove um diálogo entre essas manifestações de 10 estados brasileiros, mais as do bairro da Casa Verde. Tudo isso com textos de 25 autores convidados, seis filmes, um jogo interativo e série de imagens de cinco fotógrafos de diferentes gerações, com destaque para os cariocas Walter Firmo (1937) e Ratão Diniz (1984).
A mostra está distribuída em dois núcleos, um deles o Abre alas, dedicado ao bairro paulistano berço do samba que reúne retratos em grande escala de moradores que marcaram a história da comunidade de Casa Verde, entre representantes de agremiações, dirigentes espirituais, sambistas e ancestrais que deixaram importante legado histórico. O pintor e escultor João Cândido da Silva (1933), conhecido como Cachimbo e um dos fundadores da escola de samba Unidos do Peruche, tem uma sala dedicada ao seu trabalho.
Idealizadores da mostra, Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, ambos diretores do Museu do Pontal (RJ), assinam a curadoria juntamente com Tadeu Augusto Matheus, mais conhecido como Tadeu Kaçula, sambista, sociólogo e pesquisador, responsável pelo núcleo Casa Verde da exposição. A mostra ficará em cartaz até 18 de fevereiro de 2024 e a entrada é gratuita.
A programação completa com os dias e horários das atividades está disponível na página do Sesc Casa Verde na internet.
