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Silvana Foto: Edson Lopes Jr./SECOM
Espera na triagem chega a quatro horas e consulta pode ser de minutos
Imagina o desespero de um pai que recebe um recado do chefe da sua filha avisando que ela foi levada para o hospital porque não tinha condições de trabalhar. Consegue contato com ela e descobre que, mesmo com a pressão oscilando, ela não consegue ser atendida por um médico no Hospital da Brasilândia. Foram mais de quatro horas de espera para, então, numa consulta de menos de um minuto, ouvir que deveria procurar acompanhamento no posto de saúde. O pai mostrou para a reportagem a conversa que manteve com a filha enquanto ela esperava na triagem e confirmam a longa espera.
“Não me pediu exame, não mediu minha pressão novamente. Só perguntou se eu havia passado por stress e mandou eu buscar atendimento no postinho. Foi horrível. E eu não fui a única. Tinha gente lá que chegou muito antes de mim e também não conseguia médico. Só a pediatria funciona bem no Brasilândia”, relata Any Carolina Silva Lages. A auxiliar de escritório foi pela primeira vez buscar atendimento para si mesma no hospital e, mesmo para a pediatria, já busca informações sobre outras unidades de saúde com mais profissionais na região.
A melhoria no Pronto Atendimento e a inclusão de mais especialidades médicas no Hospital da Brasilândia é uma reivindicação antiga da comunidade e que deve ser contemplada no processo de licitação que está em andamento. A licitação para a escolha da nova Organização Social que administrará a unidade prevê a contratação de mais profissionais e aumento no número de atendimentos. Vale lembrar que o Hospital Municipal da Brasilândia Adib Jatene é um dos mais modernos da capital paulista. Foi entregue em 2020, com 41 mil m² de área construída, e custou R$ 275 milhões. A prefeitura, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), investiu com a promessa de atender 2,2 milhões de moradores da região
