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Roxa – Foto: Chico Castro
Trabalho da Gana Coletiva discute questões fundamentais na existência de pessoas queer
Segundo trabalho da Gana Coletiva, o espetáculo de dança e performance “ROXA” reflete sobre a identidade de gênero de corpos não-binários e a condição de pessoas que vivem com HIV. Gratuitas, as apresentações acontecem no Teatro Alfredo Mesquita entre os dias 23 e 25 de agosto, sexta e sábado, às 21h e domingo, às 19h.
Com concepção e performance de Andrew Tassinari (Roxa) e direção e dramaturgia de Cassiano Fraga, a obra parte da autobiografia de Roxa para abordar questões fundamentais na existência de pessoas queer, como a não-generidade dos vestuários e o pensamento sobre seus usos sociais e artísticos, e a incomunicabilidade destes temas dentro de estruturas familiares conservadoras.
Ao mesmo tempo, o espetáculo explora as relações que desenvolvemos com as materialidades no nosso cotidiano e repensa o conceito de “lixo”, duas pesquisas muito importantes para a artista performer. “Eu sou uma acumuladora, tenho muita dificuldade de desapegar dos objetos. Por isso, fazer o ROXA faz parte de um processo de cura pra mim. Vou conseguir ressignificar e dar um uso real para algumas coisas da minha casa”, comenta Tassinari.
Para a construção da dramaturgia, Cassiano e Andrew partiram de algumas perguntas-dispositivo: como podemos repensar o mundo a partir da história de Andrew? Como dançar a violência e trazer a humanização dos corpos para um movimento? Como criar uma estética não-binária de movimento, considerando que a dança contemporânea, mesmo que alicerçada no princípio da neutralidade, foi construída e desenvolvida por corpos binários? Como a ideia da acumulação compulsiva pode ser um importante elemento performativo para a constituição do figurino? Como a ideia de um “corpo-criatura” nos provoca a pensar sobre uma estética “outra” para nossas corpas?
Sinopse
Andrew Tassinari, mais conhecide como Roxa Caótica, convida o público para conhecerem ROXA. Partindo de sua autobiografia, traz à tona questões elementares da sua história e do universo queer. Através de uma estética própria, Roxa nos provoca a olharmos para a identidade de gênero não-binária, para a condição das pessoas que vivem com HIV, e a partir dessa experiência, convoca a todes para, em resistência ao ódio e a intolerância, celebrarmos nossas corpas, nossas identidades e nossas vidas.
Serviço:
ROXA
Gratuito
Duração: 70min
Classificação: 16+
TEATRO ALFREDO MESQUITA
Data: 23, 24 e 25 de agosto, sexta e sábado, às 21h e domingo, às 19h
Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 – Santana
Ingresso: https://www.sympla.com.br/roxa—teatro-alfredo-mesquita__2529715
* Após a sessão do dia 24, acontece o bate-papo “Percurso Roxo”