• 13 de junho de 2025

Espetáculo “O Caso Severina” leva drama social ao Teatro Alfredo Mesquita

Fotos: Arnaldo Pereira

No espetáculo a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes reafirma seu compromisso com a investigação de temas sociais urgentes

 

Inspirado em fatos verídicos ocorridos no agreste pernambucano em 2011, o espetáculo O CASO SEVERINA traz à cena a impactante trajetória de uma agricultora de 44 anos que mandou matar o próprio pai. A montagem, com texto de Alex Moletta e direção de Ednaldo Freire, estreia com apresentações gratuitas entre os dias 12 e 15 de junho no Teatro Alfredo Mesquita.

O CASO SEVERINA, que parte de um fato ocorrido em Caruaru, município de Pernambuco, noticiado pelo jornal Diário de Pernambuco, em 2011, tem no elenco os atores Mirtes Nogueira, Aiman Hammoud, Maria Siqueira, Giovana Arruda e Luiã Borges. A peça narra a incrível história de Severina, de 44 anos, que manda matar o próprio pai. Um crime de parricídio por si só já é trágico, porém mais fortes que o ato, precisam ser os motivos que levaram a ele.

Contemplada pela 19ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, a circulação de O CASO SEVERINA pretende dar voz às inúmeras mulheres vítimas da violência doméstica, que vivem situações similares sem encontrar forças para se libertar.

Para criar O CASO SEVERINA, a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes realizou um extenso trabalho de pesquisa, que durou oito meses e utilizou tanto o material publicado pela mídia quanto os autos do processo, dentro de um projeto do grupo intitulado Do Fato ao Ato.

Por se tratar de um acontecimento real, o espetáculo mantém o caráter documental, expondo de forma épica, os dados fornecidos pela investigação jornalística, como datas, locais e tempo de ocorrência. Apesar do ator ser peça chave, o texto foi construído pelo dramaturgo do grupo, Alex Moletta, que acompanhou todo o processo de criação em sala de ensaios.

De acordo com Alex Moletta, o trabalho de construção da dramaturgia ficou mais focado no enredo e na estrutura narrativa, sendo que o maior desafio foi contar a história sem pré-julgar os personagens, além de ter um cuidado com a vítima, Severina, para não espetacularizar a violência.

“Esse processo de criação tinha um diferencial, a história de Severina é utilizada como estudo de caso em cursos de direito em universidades e possui transcrições dos depoimentos durante o julgamento e isso deu muito mais realismo e verossimilhança para a dramaturgia. Depoimentos do delegado, dos matadores e principalmente da Severina foram fundamentais para entendermos o perfil e contextos dos personagens. A partir daí iniciamos o processo de dar vida e corpo a essa estrutura, procurando não julgar os personagens e deixar isso ao público”, explica o dramaturgo.

Serviço:
O CASO SEVERINA
Data: De 12 a 15 de junho, quinta-feira a sábado, 20h e domingo, 19h.
Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo.
70 minutos | 16 anos | Ingressos gratuitos.

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