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Foto: Matheus Campos
Nódulos nos membros ou tronco do seu cãozinho ou gatinho podem ser câncer!
Se aparecerem nódulos nos membros ou tronco do seu cãozinho ou, um pouco mais raro, no gatinho, agende uma consulta veterinária sem demora, mesmo que sejam pequenos carocinhos. Podem ser Mastocitoma! É uma neoplasia maligna derivada da mutação de células chamadas mastócitos, que se originam na medula óssea. Essa mutação leva à proliferação desordenada dessas células.
A veterinária Clarisse Teixeira, especializada em Oncologia no Hospital Veterinário Taquaral (HVT Campinas), explica que a maior incidência de mastocitoma é na pele, onde podem surgir nódulos únicos ou múltiplos. Segundo ela, essas células estão presentes no sistema digestório e nos pulmões, mas é na derme e tecido subcutâneo que se encontram em maior quantidade.
Conforme Dra. Clarisse, os mastócitos são células do sistema imune e desempenham um importante papel na defesa do hospedeiro contra infecções parasitárias e reações alérgicas. “Uma das formas mais graves é a mastocitose sistêmica, que é o aumento acentuado de mastócitos na medula óssea, pulmões ou estômago”, ressalta.
A veterinária frisa que alguns autores referem que o desenvolvimento do mastocitoma pode estar associado a inflamações crônicas, carcinógenos tópicos, fatores hereditários, alterações genéticas e vírus. Mas a sua causa é ainda desconhecida. Geralmente a doença acomete animais acima dos oito anos de idade.
Sintomas
Os sintomas dependem da localização da neoplasia e o comportamento dessa neoplasia é bem variado, podendo ser um nódulo único ou múltiplos, agressivo e maligno. “Esses nódulos podem vir a ulcerar e também apresentar coceira”, afirma Clarisse.
A médica-veterinária lista ainda outros sintomas, como ulceração gastrointestinal que causam vômitos com ou sem sangue, hemorragias e diarreia. Mais comum em cães do que em gatos, as raças braquicefálicas são mais acometidas, mas também incide nas raças Boxer, Boston Terrier, Bulldog, Labrador, Golden Retriever, Schunauzer, Pit bull e SRD (sem raça definida). Quanto aos gatos, a raça predisposta é a dos siameses. No entanto, há alguns estudos que relatam não haver predileção sexo ou idade.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de exames de citologia e histopatológico. É importante fazer a graduação do mastocitoma para avaliar o comportamento biológico desse tumor e assim escolher a melhor opção de tratamento. Esse fator indica o risco de recidiva ou de morte do paciente.
Tratamento
A Dra. Daniela Formaggio, especializada em felinos e em oncologia veterinária, destaca que a principal modalidade terapêutica do mastocitoma é a cirurgia. Ela salienta que também existe a eletroquimioterapia, a quimioterapia e a radioterapia. “Essas modalidades podem ser combinadas a depender do local, extensão e graduação do tumor”, pondera.
Os efeitos colaterais estão relacionados à quimioterapia e incluem náusea, vômitos, inapetência, diarreia e imunossupressão. “A taxa de sucesso está diretamente ligada ao tamanho e localização do tumor e de seu grau histológico”, observa a Dra. Daniela.
Prevenção
As doutoras afirmam que não existem medidas para evitar o surgimento do mastocitoma. O tamanho do tumor está diretamente relacionado às chances de sucesso na primeira intervenção. “Isso se aplica à maioria das neoplasias, mas no caso do mastocitoma é primordial uma abordagem precoce”, alerta Daniela.
Segundo a oncologista veterinária, através de uma inspeção feita de forma rotineira é possível detectar qualquer nódulo que apareça no corpo do animal.
“Animais com histórico de alergias na pele devem ter uma atenção especial, já que a inflamação constante pode levar a mutação dos mastócitos”, enfatiza.
A Dra. Daniela chama a atenção para a nutrição do pet. “Garanta uma ingestão calórica apropriada para manter o peso correto e preservar a massa muscular”, diz. Clarisse indica suplementos de ácidos graxos da série ômega -3. “São nutracêuticos importantes para o tratamento oncológico. Ajudam a minimizar a perda de massa muscular, associada à sarcopenia e caquexia”, esclarece.
Fonte:
Dra. Clarisse Teixeira
Dra. Daniela Formaggio
Hospital Veterinário Taquaral
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