• 5 de novembro de 2024

Infectologista fala sobre riscos da Dengue e como tratá-la

Foto: Divulgação

Prevenção ainda é o melhor caminho para eliminar os vetores da doença, cujo tratamento requer atenção

 

Em menos de dois meses, o Brasil teve mais de 550 mil casos de Dengue, com 98 mortes confirmadas da doença e outras 381 aguardando a finalização de análises laboratoriais. Os dados, recentemente divulgados pelo Ministério Saúde, em 16 de fevereiro, mostram que na semana anterior à publicação da pesquisa, também cresceu o número de adultos doentes, na faixa entre 40 e 49 anos, com 51.756 casos em mulheres e 40.369 em homens.

Infectologista do São Cristóvão Saúde, Dra. Michelle Zicker explica que, embora exista a vacina atualmente, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção da Dengue e de outras arboviroses urbanas (como Chikungunya e Zika). “As ações preventivas são mais efetivas fora da sazonalidade, visando impedir o aumento do número de casos. Quando a epidemia se instala, esta segue seu curso, porque o tempo até a redução das populações de Aedes aegypti é muito maior do que a velocidade de circulação viral”.

Alguns estados brasileiros se destacam no número de infecções: Minas Gerais, com 192.258 casos, São Paulo, com 90.408 e Distrito Federal, com 67.768. Ainda segundo o Ministério da Saúde, com base em previsões feitas com o InfoDengue, da Fiocruz, o país pode chegar a 5 milhões de casos até o final de 2024.
Para a população se proteger das infeções, a Dra. Michelle dá algumas instruções, que devem ser seguidas durante todo o ano, não apenas nos períodos de maior incidência da doença:
Usar telas nas janelas e repelente em áreas de reconhecida transmissão;
Remover ou esvaziar recipientes (garrafas, vasos e potes) nos domicílios que possam acumular água e se transformar em criadouros de mosquitos;
Guardar pneus em locais cobertos;
Colocar areia nos vasos de plantas;
Vedar reservatórios e caixas de água;
Limpar e desobstruir calhas, lajes e ralos;
Não acumular sucata e entulho, além de amarrar bem o lixo.

Sintomas e tratamentos
Os sintomas da Dengue são facilmente confundidos com o de uma gripe e aparecem de 3 a 15 dias após a picada do mosquito. Incluem febre, dores de cabeça e atrás dos olhos, nos músculos e articulações, cansaço intenso e podem aparecer manchas avermelhadas no corpo. Ao apresentar febre (acima de 38º C) e dois desses sinais ou sintomas, o paciente deve procurar um serviço de saúde para avaliação médica. O diagnóstico é essencialmente clínico, mas existem exames laboratoriais específicos que podem confirmar a suspeita da doença. A automedicação deve ser evitada, principalmente os medicamentos à base de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, que aumentam o risco de sangramentos”, ressalta Dra. Michelle.
Nos casos de dengue grave, entre o 3º e 7º dia de infecção, surgem novos sintomas como sangramentos das mucosas, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, dificuldade de respirar, sonolência e confusão mental. “Aos primeiros sintomas, a pessoa deve buscar uma unidade de saúde imediatamente. Quanto mais cedo o paciente buscar ajuda médica, maiores são as chances de uma rápida recuperação”, finaliza a infectologista.

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