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Foto: frimufilms/Freepik
Em tempos de guerra, vemos cenários calamitosos que envolvem destruição material (vidas, construções, recursos, objetos, riquezas, etc.) e imaterial (sonhos, felicidade, paixões, vínculos, etc.). Sempre estaremos diante de uma terrível realidade porque ela sempre vai envolver gastos e destruição.
Ainda que dentro de um conceito de guerra justa, seja tendo: uma visão mais realista causal e situacional política, na óptica de Tucídides (filósofo e general grego na Guerra do Peloponeso); uma percepção ética da guerra, como estabeleciam os filósofos Santo Agostinho e São Tomás e Aquino, baseado em princípios à época considerados éticos e aceitáveis moralmente; uma postura utilitarista política da guerra, como seria na doutrina maquiavélica; ou no âmbito de Montesquieu, que postulava que a guerra deveria ser justificada apenas em circunstâncias muito específicas, como autodefesa ou defesa de interesses legítimos e essenciais do Estado; ou até uma visão pacifista, como de Mahatma Gandhi, que defendia a resistência não violenta e a desobediência civil como os métodos legítimos, é inevitável que se chegue a um denominador comum: por mais que ela tenha ares de justiça, sempre carregará consequências graves.
Agora bem, é verdade que a proximidade dos fatos é determinante para entendermos as causas e circunstâncias da guerra. Muitas vezes sequer temos ciência do que eventualmente está acontecendo, deixando de meditarmos sobre algum ponto que poderia ser crucial para formarmos nosso juízo.
A nossa formação como cidadãos, nossos valores e moral, e conhecimento também determina os juízos de certo e errado, bom e ruim, entre outros. Evidentemente, cada sujeito possui uma peculiar visão sobre um certo assunto, trazendo possíveis concordâncias ou cizânias sem desonestidade intelectual.
Além disto, há um fator que não pode deixar de ser considerado no raciocínio, que é o apodítico, isto é, aquela opinião apaixonada, doutrinada, enviesada, entorpecida pelo subjetivismo que é intrínseca ao ser humano, apenas variando a intensidade.
Por fim, há o papel inconteste da imprensa e os formadores de opinião acerca do juízo sobre as causas e consequências da guerra. Há meios de comunicação que possuem uma linha de informação enviesada, às vezes de forma ostensiva, outros de forma velada. Há até a recente discussão em voga das fake news como forma de propagação de notícias falsas com o cunho de desinformar ou mal informar as pessoas.
Exposto estas verdades, precisamos tomar cautela para moldarmos nossa opinião sobre algum assunto. Precisamos checar a fonte da informação, analisar a coerência e coesão com a realidade e avaliarmos qual a possibilidade da mensagem ser fidedigna ou enviesada. Temos de impedir a manipulação massificada, que pode custar vidas, como sobre informações falsas da guerra.
Dr. Rubens Luiz Schmidt Rodrigues Massaro
Advogado, professor e mestre em direito.