• 5 de novembro de 2024

Os desafios da inteligência artificial para a cidadania – parte 2

Imagem: Reprodução/Internet

 

Vimos que a necessidade de adaptação, inclusive através de novas tecnologias, faz parte do espírito humano. Está em nossa essência, descobrir novas maneiras de superarmos obstáculos à nossa frente, em um constante avanço disruptivo.

O crescimento civilizacional também é movido pela tecnologia, um fator de extrema importância não apenas para cuidar de questões sociais, mas também para posicionamento no âmbito geopolítico. De uma maneira geral (é claro que há exceções), as nações que continham maior protagonismo tecnológico tiveram vantagem sobre quem não tinha (podemos suscitar como exemplo o caso clássico da colonização da América, onde os europeus conseguiam superar contratempos de números e logística através do uso de suas tecnologias mais avançadas).

Economicamente a tecnologia também impacta no desempenho de uma nação – com a tecnologia é possível desenvolver novas técnicas mais eficientes, otimizar o uso de recursos e aumentar a produtividade.

Então, o desenvolvimento tecnológico, além de fazer parte da essência do ser humano, integra o cenário social, econômico e político. Internamente também há uma supremacia sobre quem consiga dominar a tecnologia de forma a concatenar com seus objetivos.

Podemos dizer, por conseguinte, que a utilização da tecnologia por alguém é inexorável, em algum momento alguém terá o oportunismo de querer empregá-la aos seus interesses, sejam eles egoísticos ou altruísticos. Não podemos ter certeza sobre a intenção de quem utilizará esta tecnologia, se ela será utilizada corretamente ou se foi desvirtuada. No entanto, podemos ter certeza que, em algum momento, alguém a utilizará.

Essa utilização poderá ser conduzida por pessoas que tenham boas ou más intenções, que dominem ou não o know how do uso, que saibam avaliar os efeitos ou não do manejo da tecnologia. Logo, a tecnologia pode cair em mãos erradas, de pessoas gananciosas, malignas e despóticas, que utilizarão a tecnologia para cometer crimes (vemos quando uma tecnologia é utilizada para criar armas com intenção de aterrorizar a população civil). Caberá à humanidade saber o que fazer quando este é o caso.

Sendo assim, parece que a atitude mais prudente a se tomar é que a humanidade se prepare para as causas e consequências do uso da tecnologia. Se negar a confrontar este pensamento apenas obstaculizará o controle e a prevenção de risco da utilização de tecnologia avançada, o que é nocivo para a sociedade global e colocará as pessoas em perigo.

Dr. Rubens Luiz Schmidt Rodrigues Massaro
Advogado, professor e mestre em direito.

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