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Imagem: Reprodução/Internet
A doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura, afeta pessoas acima de 65 anos de idade
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 55 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, sendo a mais comum a Doença de Alzheimer, que atinge sete entre 10 indivíduos em todo mundo. Segundo a OMS, o Alzheimer é responsável por 70% dos casos de demência mundial. No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas enfrentam alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. O alerta é que, até 2050, de acordo com a Alzheimer’s Disease International, o número de diagnósticos da doença pode ultrapassar 131 milhões.
Considerada uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura, que afeta pessoas acima de 65 anos de idade, o Alzheimer impacta a memória, linguagem e a percepção do mundo. Provoca alterações no comportamento, personalidade e no humor do paciente. Apesar disso, o Dr. Diogo Haddad, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz aponta que importantes avanços científicos contribuem para o diagnóstico precoce e assertivo desse tipo de demência, e para o tratamento adequado e melhoria na qualidade de vida do paciente.
A descoberta de exames de biomarcadores, que são realizados por meio de uma pequena amostra de líquor coletado com a punção lombar, um procedimento seguro e minimamente invasivo, e uma pequena amostra de sangue, também coletada em paralelo, proporcionou a definição biológica da doença, o que permite o diagnóstico definitivo do Alzheimer, e a seleção mais assertiva dos participantes de ensaios clínicos sobre essas drogas, e possibilita monitorar a interferência da droga no avanço da doença.
Sinais de alerta: problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho, dificuldade para realizar tarefas habituais e para se comunicar, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade de raciocínio, alterações frequentes do humor e do comportamento, mudanças na personalidade, perda da iniciativa para fazer as coisas simples da rotina, dificuldade para lembrar onde estão determinados objetos são sinais que podem indicar que algo não vai bem com a saúde neurológica.
Diagnóstico da doença de Alzheimer: a avaliação médica criteriosa, exames de neuroimagem, testes cognitivos, coleta de líquido cefalorraquidiano para avaliar biomarcadores, são os fatores que compõe o tratamento ouro ao paciente. Além disso, Dr. Haddad reforça a importância após o diagnóstico haver o acompanhamento periódico e individualizado de cada caso e da necessidade do envolvimento ativo da rede de apoio do paciente com Alzheimer. “Orientar familiares, cuidadores e todos envolvidos na rede de apoio é fundamental para que possam lidar com cada fase da doença de modo a contribuírem para a que a assistência abarque todos os aspectos da vida do paciente”, afirma o especialista.
Saúde e prevenção: exercitar a mente com atividades contínuas de aprendizado, atividades físicas regulares, dieta rica em alimentos protetores para o cérebro com vegetais de folhas escuras, legumes, leguminosas, frutas vermelhas, oleaginosas, vinho tinto, azeite de oliva, grãos integrais, peixes e aves devem fazer parte do cardápio de prevenção à doença. Já alimentos como manteigas e margarinas, frituras, fast-foods, queijos, produtos processados, doces e carnes vermelhas devem ser evitados. O neurologista destaca ainda que cuidar da saúde cardiovascular, aprender novos idiomas, desenvolver habilidades manuais ou que exijam alto nível de concentração e dormir bem, podem contribuir para a prevenção de demências, incluindo a doença de Alzheimer.