• 19 de maio de 2024

No livro “Até nunca mais”, Ana Furtado relata jornada de autoconhecimento e transformação em face de um câncer

Imagem: Divulgação

Por meio de reflexões sinceras, profundas e emocionantes, a apresentadora conta como trocou o combate pela escuta, o desespero pela fé, o medo pela intuição e o poder pela vulnerabilidade
Na segunda-feira, dia 2 de outubro, Ana Furtado lança a obra Até nunca mais, publicada pela Editora Planeta, em São Paulo. A sessão de autógrafos começa às 19h e acontecerá na Livraria Travessa do Shopping Iguatemi. O evento será gratuito e aberto ao público.
Quando recebeu o prognóstico de câncer de mama em 2018, Ana Furtado foi acometida por um dos mais desesperadores fluxos de pensamento que se pode ter: “Isso realmente está acontecendo comigo? Essa pessoa tão fragilizada sou eu? Eu estou acordada? Esse diagnóstico é verdadeiro ou apenas um sonho ruim? Será que a minha história acaba aqui? Será que é disso que eu vou morrer? ”.

Ao ser surpreendida por esse desafio, que se impôs quando estava fazendo exames preparatórios para a colocação de próteses de silicone, a apresentadora deu início a um intenso processo de reconexão com a própria fé e expandiu seu olhar para além de si mesma. “Foi ali, naquele momento, olhando para todas aquelas pessoas anônimas, tão ocupadas com suas vidas quanto eu com a minha, que aconteceu a virada de chave crucial para que eu transformasse o que parecia um ‘castigo’ em uma ferramenta de aprendizado”.

A partir daquele instante, Ana passou a ver o câncer como um professor indomável e marcante que a ensinou pela dor o valor da vida, fazendo-a desacelerar, ressignificar, respeitar seus limites e, principalmente, se priorizar: “Venho aprendendo, enfim, que me colocar em primeiro lugar não é egoísmo: é o que de mais primordial eu preciso fazer se quiser dar o meu amor para as outras pessoas”.

“Hoje, me sinto honrada com a simples possibilidade de poder tocar as pessoas com a minha história. Esse livro nasceu com esse objetivo, de trocar com que vive, ou viveu, a mesma coisa que eu. De iluminar esse caminho tão difícil e ingrato que é o do paciente oncológico. Porque o câncer é uma doença desconcertante no sentido mais pleno da palavra”, reflete Ana que, tocada pela realidade de outras mulheres com câncer em situação de vulnerabilidade financeira, se sentiu compelida a integrar o Instituto Protea como embaixadora e conselheira a convite de sua fundadora, Anna Gabriella Chagas Antici.

A edição traz prefácio assinado por Ana Maria Braga e orelha de Monja Coen, além de contar com capítulos escritos com o apoio do Dr. Fernando Maluf, oncologista que a acompanhou, e do psicólogo Alexandre Coimbra Amaral, que esteve ao lado de Ana na frente e atrás das câmeras no período em que foi consultor do programa Encontro da TV Globo. Até nunca mais é um relato franco e genuíno sobre a coragem, a superação, a transformação, a fé, a intuição e o câncer, “essa doença que, apesar de indesejada, inconveniente, cruel, dolorosa e desconcertante, me ensinou uma porção de coisas que eu precisava aprender”, define a autora, que dele se despede por meio de uma carta escrita com toda honestidade ao final do livro.

TRECHOS DO LIVRO
“Solidão é um estado de espírito. Há quem esteja sozinho no Maracanã lotado. Há quem esteja amparado numa excursão individual para o alto do monte Everest. Eu, independentemente das circunstâncias, nunca estive sozinha. Sempre tive quem caminhasse comigo. Nossa Senhora, em qualquer das Suas formas ou nomes, jamais saiu do meu lado. E aquela era a hora de trazer tanto ela quanto todos os demais signos do Catolicismo de volta para a minha vida. Afinal, em vez de ter sido abandonada, eu havia abandonado”.

Não sou melhor do que ninguém só por ser uma pessoa pública. Não sou blindada só porque tenho um emprego na televisão. Não sou à prova de doenças graves só por ter milhões de seguidores nas redes sociais. Não sou extraordinariamente diferente de ninguém a ponto de não poder ter um câncer. Então, por que não eu?

“Os remédios e o tratamento prescritos pelos médicos são fundamentais e devem ser seguidos à risca. No entanto, há muitas outras coisas que influenciam a cura. A primeira delas, sem dúvida, é aceitar a condição – algo que eu consegui depois de alguma relutância, como contei no capítulo anterior. Era chegada, então, a hora de enfrentar a segunda etapa do caminho alternativo de cura: admitir que eu estava doente para as pessoas que me querem bem. Receber amor e atenção, especialmente em períodos tão difíceis como o de enfrentamento de um câncer, também é terapêutico. E eu não podia nem queria abrir mão de carinho”.

“Altos e baixos fazem parte do dia a dia do paciente oncológico, porque o câncer não é uma batalha, e sim uma jornada em que vamos construindo resiliência e musculatura emocional para lidar com grandes questões da vida. Em vez de combater o câncer, devemos convidá-lo para o diálogo”.

EVENTO
Dia 2 de outubro a partir das 19h
Com presença de Ana Furtado
Livraria Travessa do Shopping Iguatemi
Endereço: Iguatemi São Paulo – Av. Brig. Faria Lima, 2232 – Piso Superior – Jardim Paulistano, São Paulo – SP

FICHA TÉCNICA 
Título: Até nunca mais
Autora: Ana Furtado
Páginas: 160 pp.
Preço livro físico: R$ 69,90
ISBN: 978-85-422-2347-7
Editora Planeta

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