• 14 de maio de 2024

O espetáculo “O Dragão Dourado”, da trupe à grega, faz curta temporada no Teatro Alfredo Mesquita

Foto: Everson Verdião

Grupo mistura teatro e cinema com espetáculo dirigido por Dagoberto Feliz e filme de Gabi Jacob para refletir sobre populações invisíveis

 

Que barreiras existem em nossa comunicação com o outro? Questões como esta norteiam a criação de “O Dragão Dourado”, da trupe à grega, que faz curta temporada no Teatro Alfredo Mesquita. O espetáculo segue em cartaz até 20 de agosto, com apresentações às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h.

Com dramaturgia premiada mundialmente de Roland Schimmelpfennig, a peça é uma tragicomédia que discute a exclusão. A partir do recorte da comunicação como fronteira basilar em relações de poder, Dagoberto dirige um elenco composto por cinco atores ouvintes e uma atriz surda para falar sobre a invisibilização social.

A trama começa no térreo de um prédio residencial, na minúscula cozinha do restaurante de comida chinesa, tailandesa ou vietnamita O Dragão Dourado, onde os cozinheiros tentam desesperadamente amenizar a dor de dente de um deles, o novato. Ao mesmo tempo, na parte da frente do restaurante duas aeromoças se sentam à mesa número 11.

Em cima, num apartamento de quatro cômodos, vive um casal à beira da separação. Um velho que gostaria de ser jovem outra vez, em sua sacada, observa o pôr-do-sol. Dois jovens apaixonados prestes a descortinar uma absoluta catástrofe, enquanto o dono do mercadinho vizinho ao restaurante pede o número 103 para viagem, extra picante.

A montagem ainda explora a fábula da cigarra e da formiga como uma poderosa metáfora das relações estabelecidas entre os personagens. As histórias se misturam e as máscaras são arrancadas, assim como o dente do novato, que desaparece como se nunca houvesse existido.

O elenco traz Alice Guêga, Dani Theller, Juliano Veríssimo, Ian Noppeney, Luiza Magalhães e Sueli Ramalho.

Antes de cada sessão, o grupo ainda exibe o curta-metragem “O Dente da Frente”, dirigido por Gabi Jacob, gravado em 2021, que mostra os bastidores dos primeiros dias de ensaio desta peça e busca refletir sobre questões como: O que contém o processo de criação no teatro de grupo? É possível a integração entre ouvintes e surdos quando máscaras aumentaram ainda mais a barreira da comunicação?

Este projeto foi contemplado pela EDITAL DE APOIO A PROJETOS CULTURAIS DE MÚLTIPLAS LINGUAGENS – 2ª EDIÇÃO para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura”

Serviço:
O Dragão Dourado + curta O Dente da Frente
Duração:  102 minutos (22 minutos do curta + 80 minutos da peça)
Classificação Indicativa: 14 anos
Gênero: Tragicomédia
Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770, Santana
Temporada: Até 20 de agosto
Horários: Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h
Ingressos: Gratuitos
Capacidade: 198 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, tradução em Libras em todas as sessões.

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